sábado, 27 de dezembro de 2008

ODE TO MADONNA






Setembro. Euforia para conseguir comprar o passaporte para o mundo mágico de Madonna. Depois de 15 anos, ela retorna em solos brasileiros. E eu, fã há 12 anos, esperava por esse dia a cada nova turnê. Finalmente ela veio...Cheguei ao Maracanã às 13h30min, sem acreditar no que via: gigantescas filas, inclusive para a Pista Vip. Eu, que estava só, logo me enturmei com uma galerinha show de bola. E aí foram cerca de 5h em pé até que os portões fossem abertos. Frisson total. Esconde pilhas ali, abafa máquinas fotográficas aqui. Tudo desnecessário, já que até filmadora se fizeram presentes. Já lá dentro, tivemos que pular de alegria: estávamos na turma do gargalo, muito perto mesmo. Nem acreditamos. Paul Oakenfold toca umas musiquinhas, mas a gente queria outra coisa...Escurece. Depois de 30 minutos de atraso, as luzes apagam-se. O coração vai a 1000 BPM. Imagens nos telões. E Madonna surge estonteante em seu trono. Uma chuva torrencial cai no Maracanã. Mas a gritaria é ensurdecedora. Transe coletivo! Capa de chuva? F... -se! Serviu só para proteger a máquina, que por horas pensei que fosse pifar!A partir daí, 2h passaram num piscar de olhos. Não sabíamos se tirávamos foto, filmávamos, pulávamos ou desmaiávamos mesmo! E tudo foi deslumbrante... Certos momentos foram verdadeiras epifanias: em “Vogue” e “Like a Payer” as vozes eram uníssonas! “She’s Not Me”, “Devil…”, “Music”, “Ray of Light” foram extasiantes! O tombo foi um show a parte, confirmando a superioridade de um ser inabalável. Momento de escolher a música: ela me ouviu, tenho certeza! Seus olhos viraram-se por alguns momentos na direção de um chapéu prateado (encharcado, mas ainda prateado) que estava logo ali, adiante. Eu gritava “Express Yourself” como uma louca! Então, ela cantou verso a verso com uma platéia já em alfa... Foi lindo, realmente lindo!Madonna encantou. Foi incrível do começo ao fim. Nem a chuva a desconcertou. O público ajudou. Um público apaixonado, que sonhava há tempos, assim como eu, em curtir essas duas horas tão fugazes e, ao mesmo tempo, tão eternas. A rainha, a diva, dos meus sonhos era real, estava ali com seus 50 anos, bem diante dos meus olhos. E eu pude reviver todo aquele sentimento da minha meninice, do topo dos meus 14 anos de idade: só quem é fã de alguém sabe o que é. Puro misticismo! “Give It 2 Me”. Ela se vai. Tão majestade quanto entrou em cena. E com ela foi um pedaço do meu coração. Adeus, Madonna! Talvez um dia eu te veja num lugar onde ídolo e fã sejam pessoas menos “diferentes”... Mas, quer saber... Acho que aí não teria a menor graça!

Um comentário: