domingo, 4 de janeiro de 2009

DE QUE MULHER-DEUSA ESTAMOS FALANDO?


Lendo um texto de Arnaldo Jabour, no blog "Se o mundo inteiro me pudesse ouvir..." da minha amiga Lu, a respeito do quanto os homens se sentem impotentes diante das mulheres tidas como deusas da modernidade (deusas do silicone, da musculosidade, da bunda rebolativa), me surgiram algumas reflexões.

Gostei do texto e ponto(.). É realmente lamentável a maneira como algumas mulheres vêm expressando a conquista da libertação feminina: corpo-montado, corpo-objeto. Porém, não sei se esse fato se restringe ao universo feminino. Até porque, se elas se "montam" é que, provavelmente, tem quem as "consuma". Será que eles rejeitam tanto esse tipo de "mulher-deusa" assim?? Não sei...

O fato é que essas "deusas", como muitas "mortais" por aí, se equivocaram quanto ao que o movimento feminista tanto lutou para conquistar e afirmar para quem quisesse ouvir: nós (mulheres) também temos a possibilidade (e direito!) de experimentar os prazeres que, enquanto corpos, podemos obter. É necessário respeitar a sexualidade feminina. Acredite os homens ou não, nós temos uma!

O caso das "barbies", "mulheres-fruta" ou "he-man de saias" é simplesmente um equívoco. Nada além. E, sinceramente, não precisa nem ser tão "esperto" para perceber isso. Mas, de qualquer forma, os homens se assustam facilmente quando não estão no controle. Os "homens-espada", os "grandes pegadores", aqueles que "fazem e acontecem" não estão mais com as rédeas nas mãos. Não que as mulheres da modernidade devam ser uma espécie de "comedoras de pênis" (numa alusão à versão masculina, largamente utilizada por esses "homens-deuses"). Mas elas têm exigido seus orgasmos e, às vezes, nem esperam mais por seus "príncipes" que, na maioria do tempo, estão preocupados com o próprio umbigo (ou seria mais embaixo?). Pobre ego masculino. Ficou ferido!

As mulheres da modernidade, as de verdade (pois aquelas supracitadas, não são mais do que uma variação daquelas dos tempos das cavernas, tão primitivas coitadas!), se cuidam, se embelezam sim. Elas saem pra baladas, bebem uma cerveja, batem papo com as amigas. E elas paqueram: trocam olhares fulminantes, mordem os lábios, mandam piscadas, chegam junto mesmo. Elas fazem sexo (não mais deixam, simplesmente, que façam sexo com ela!). Não vou nem enumerar o demais quesitos em que a mulher moderna, a verdadeira "mulher-deusa", vem tirando nota 10 (estudo, trabalho...), já que a temática do discurso não é esse.

Os homens estão com medo sim. Estão tendo que aprender a "completar", e não mais a sobrepujar. Mas, senhores, não precisam se acoarem: nós não mordemos (nem castramos, numa leitura freudiana...). Longe disso: estamos aí prontas para dar e receber amor (é chegada a Era da Reciprocidade entre os sexos). Nesses novos tempos, cada gênero, com suas especificidades, é convocado a somar nas relações afetivas, sem nenhum tipo de ocupação de destaque (eles costumavam ser as estrelas!). Simples assim. Terão de aprender a lidar com isso.

Ah! E quanto àquelas pseudo mulheres-deusas de quem Arnaldo Jabour falava, só me resta dizer: voltem pra suas cavernas!

4 comentários:

  1. Simplesmente arrasou!!!
    Obrigada por divulgar meu blog no início do seu texto,rs.
    Achei realmente muito bom a reflexão do Arnaldo Jabor. E a sua tb, me fez até lembrar de um homem que se achava "o comedor" (huahauah). Muitas vezes não dão conta da "velocidade 5".
    Não precisamos ficar horas levantando peso e nem usar um "cinto" no lugar da saia para sermos sexy. Sexy e vulgar são coisas bem diferentes, e essa segunda opção é a que a mídia infelizmente vem divulgando e que se torna alvo de desejo até de crianças (que rebolam na hora do recreio para atrair os meninos - experiência de educadora). Aff! Espero que esse modismo acabe e que as mulheres do nosso século passem a valorizar seu corpo. Como vc disse...dando prazer, recebendo prazer...e o melhor: amando!

    ResponderExcluir
  2. Retribuindo a visita...
    Menina, adorei seu blog!
    Vi que começou na blogosfera a pouco tempo, mas já chegou chegando!
    Quando ao texto, Arnaldo Jabour é único. Mas você também fez uma abordagem ímpar! As mulheres (graças a Deus que não são todas) estão regredindo a tal ponto que tudo o que foi conquistado com luta, sofrimento, trabalho ao longo dos séculos está sendo colocado em segundo plano... Isso é uma pena! Mas têm aquelas que se sobressaem com a inteligência, e dessas os homens realmente têm que ter medo(rsrs)... ou melhor, respeito!
    Bjs

    ResponderExcluir
  3. Oi, Fê! O texto do Jabor é genial... menina, ainda bem que fazemos parte daquele outro grupo, que dá mais valor ser "elegante" do que ser "gostosa", e que prefere acreditar que discernimento nasceu prá todos... e também acredita em um padrão estético menos bizarro e mais razoável.

    Beijos e obrigada pela sua visita no Infinito Particular.

    Dalva

    ResponderExcluir
  4. Oi, Fê! Agradeço sua visita no Infinito Particular e também a oportunidade de conhecer o texto do Jabor no site da Lu, e comentar que graças a Deus fazemos parte de um grupo de mulheres diferente, que acha que ser "elegante" é mais importante do que ser "gostosa", que o discernimento nasceu prá todas, e acredita em um padrão estético menos bizarro e mais razoável para todas!

    Beijos!

    Dalva

    ResponderExcluir